Declaração

Fernando Bezerra diz que operação foi uma “tentativa de intimidação” e afirmou que as denúncias são infundadas e serão arquivadas

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta terça-feira (24), em Plenário, que a operação da Polícia Federal contra ele na semana passada foi uma tentativa de “atingir” o governo. Além disso, na sua avaliação, foi um ataque ao Congresso e uma ação arbitrária.

Na última quinta-feira (19), policiais federais promoveram busca e apreensão no gabinete da liderança do governo no Senado, como parte da Operação Desintegração. A investigação apura desvios em obras públicas do Ministério da Integração Nacional entre 2011 e 2013, quando Bezerra comandou a pasta. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso, por meio de uma liminar. O Senado vai recorrer ao tribunal contra a autorização.

Bezerra discursou durante a sessão do Congresso Nacional desta terça-feira e apontou incongruências na condução da operação que, no seu ponto de vista, caracterizam motivação política. Ele chegou a colocar o cargo de líder à disposição do governo.

— Se os fatos citados remontam a [antes de] 2014, por qual motivo incluir o gabinete da liderança entre os locais da busca e apreensão, se não para impor ao governo do presidente [Jair] Bolsonaro um constrangimento? — questionou ele.

O senador classificou a operação como uma “tentativa de intimidação” contra o Congresso e afirmou que as denúncias são infundadas e serão arquivadas. Ele também destacou que a decisão de vasculhar seu gabinete foi tomada sem o aval da Procuradoria-Geral da República.

Agência Senado