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Bolsonaro é responsável direto pela destruição da Amazônia, diz Humberto

 Foto: Roberto Stuckert Filho
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), responsabilizou diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pelo aumento das queimadas na floresta Amazônica. Segundo o senador, desde que assumiu, Bolsonaro vem implementando uma agenda de ataque ao meio ambiente, estimulando o extermínio indígena e reduzindo a fiscalização em áreas de preservação. O resultado é o crescimento assustador do desmatamento, que, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aumentou 88% até junho deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.  

“O presidente mente e tenta desesperadamente procurar culpados, alimenta a sua indústria de fake news com informações sem nenhum fundamento. Mas a verdade é que não existe ninguém mais culpado por tudo isso do que Bolsonaro e sua necropolítica. A sua pauta é a da morte, da destruição e ele deixou isso bem claro desde a campanha. As queimadas seguem aumentando enquanto o governo assiste a tudo com alegria. Não fiscaliza, não pune os infratores e ousa demitir aqueles que, pelo bem do país, fazem alertas sobre o problema do desmatamento”, disse Humberto, lembrando a demissão do presidente do Inpe, Ricardo Galvão, após a divulgação de dados sobre as queimadas. 

O senador ainda lembrou que o aumento no desmatamento no governo Bolsonaro provocou, inclusive, a suspensão do envio de  recursos dos governos da Noruega e da Alemanha para o Fundo da Amazônia, responsável por financiar ações para a preservação da floresta. “O presidente cortou investimentos, foi a público para dizer, sem nenhum pudor, que o Brasil está sem dinheiro, que não tem recurso para saúde, para a educação, para nada. E o que ele faz? Consegue a proeza de suspender o recebimento de recursos internacionais que eram usados para a conservação ambiental”, criticou o senador. Ao todo, o Brasil deve deixar de receber este ano R$ 287 milhões. 

O problema das queimadas ganhou ainda mais repercussão depois que a maior metrópole do país, São Paulo, distante 3 mil quilômetros da Amazônia, viu o dia virar noite por conta de uma combinação de fatores: a chegada de uma frente fria e da fumaça das queimadas na região Norte do país, na última segunda-feira (19). Testes realizados no dia confirmaram que a água da chuva da cidade estava contaminada com fuligem de fogo. “Esse é o maior crime ambiental já visto em nosso país, um dos maiores do mundo. Não podemos permitir que destruam o maior patrimônio nacional, que é nossa floresta. É uma questão de sobrevivência mundial, eu diria. A Amazônia tem um papel fundamental para garantir a vida humana na terra. Destruir a floresta é destruir a nossa própria existência”, afirmou.