MPF e Procuradoria pedem aumento da pena de Lula 

Lula

O Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4), entregaram nesta quarta-feira (26) ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), parecer que recomenda o aumento da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação do sítio de Atibaia, segunda condenação dele na Operação Lava jato.

 A propriedade que era frequentada pela família de Lula e recebeu reformas de empreiteiras é novamente o alvo. O ex-presidente foi condenado em fevereiro a 12 anos e 11 meses de prisão em primeira instância. Após recursos do Ministério Público Federal e dos réus condenados, incluindo o ex-presidente, a ação foi remetida ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), onde será julgada em segunda instância.

O novo parecer foi assinado pelo procurador regional da República, Maurício Gotardo Gerum. Anexado ao processo no TRF4, a PRR4 pede que Lula seja condenado pelo crime de corrupção passiva em função das reformas feitas na propriedade pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, ao custo de 150.500 reais. Algo que não foi feito pela juíza Gabriela, que considerou apenas os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro somente em relação às obras feitas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS no sítio, ao custo total de cerca de 900.000 reais, e o absolveu em relação a Bumlai.

Já para o MPF, o aumento de pena de Lula é devido a agravantes como, por exemplo, o fato de ser figura pública, além de que seja as penas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sejam somadas.