Mourão defende que governo tenha trabalho persistente contra Criminalidade

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O  vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão (PRTB), defendeu que o governo tenha um trabalho persistente contra a criminalidade no país. Mourão disse que caso contrário, o governo vai “enxugar gelo” mesmo com bom trabalho da polícia. Ele comparou as prisões as “masmorras” e “colônias” do crime.

Aplaudido pela plateia do Brazil Conference, evento organizado por estudantes brasileiros das universidades de Havard e do MIT. “Com as pessoas vivendo amontoadas em favela, sem acesso a água, a luz, com o traficante colocando televisão a cabo para eles, nós não vamos resolver o problema. Temos que agir de forma vigorosa na área social” afirmou o vice-presidente.

“Como é que eu vou educar uma pessoa se jogo em uma prisão que é uma masmorra, sem ter atividade laboral, sem ter progressão educacional?” questionou, sob aplausos da plateia. A resposta foi para uma pergunta sobre as políticas repressivas na área da educação.

Neste domingo (7), antes das perguntas, em seu pronunciamento inicial, Mourão chegou a dizer que as prisões eram como “colônia de férias” do crime organizado, uma expressão que ele não repetiu no momento das perguntas.

Quanto a maioridade penal, ele defendeu a sua redução e o endurecimento da legislação quanto à progressão de penas. “A nossa legislação penal, na minha visão e na visão do governo, é branda ainda. Criminoso tem que cumprir seu tempo na cadeia” disse Mourão.

Outro tema da Conferência foi o desmate. Ele afirmou que o “arco do desmatamento” chegou ao limite. “Temos de fazer todo esforço para parar por aqui e temos de fazer todas as atividades necessárias para o reflorestamento. É dessa forma que o presidente (Jair) Bolsonaro vê esse  problema”.

Por outro lado, ele defendeu que os produtores rurais sejam levados em consideração no debate, pois “são os principais interessados em preservar a terra que eles têm (…) porque se elas forem atingidas em termos ambientais os agricultores perderão a capacidade de produzir”.