“Tem que temer” a polícia, diz Meira em debate sobre a lei e a ordem

Foto: Max Rodrigues/Farol de Notícias

O Militar Reformado Coronel Meira (PRP), participou na última quinta-feira (10) do ‘Debate da Super Manhã’ na Rádio Jornal, programa comandado pelo comunicador Geraldo Freire, para discutir sobre o tema ‘a lei e a ordem’. O debate também contou com a participaram do Advogado Célio Avelino e o do Jurista Francisco Queiroz.

Durante a conversa foram abordados casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem, como no estado do Ceará, além de outros temas envolvendo o sistema de segurança pública e presidiário do país.

Quando questionado sobre o trabalho desempenhado pelos policiais, principalmente quando se trata da abordagem, Meira explicou a necessidade desse primeiro contato que o policial faz ao abordar uma pessoa,  “É muito importante e é muito difícil a situação da polícia para cumprir a lei, e para fazer com que a ordem seja mantida. Eu concordo que a abordagem tem que ser preventiva forte, para evitar que depois seja exatamente desvirtuada ou que venha acontecer um momento lá inesperado. Então essa abordagem ela tem que ser primeiro feita para ver se localizam realmente drogas ou armas”.

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Ainda sobre o trabalho desempenhado pelos policiais, Meira defendeu um policiamento voltado para o uso da inteligência, “O policial não é para aparecer, ele é para fazer com que a sociedade tenha aquela sensação de segurança, ele (policial) agir no momento certo com as pessoas certas. Por isso que eu sempre fui defensor do sistema de inteligência”, argumentou.

Meira criticou o atual sistema de segurança do Brasil, destacando a falta de atenção e a necessidade de uma reforma no setor,  “enquanto não fizer um trabalho realmente na malha de segurança, a gente não tem sensação de segurança. Tem que se respeitar o policial que está trabalhando na rua, tem que temer”, o militar reformado completou com uma mensagem direta para o novo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, “tem que se fazer uma revisão realmente a nível de segurança, tem que se repensar a segurança do Brasil, tem que padronizar serviço da polícia militar. Não adianta, Sérgio Moro, votei, sou fã seu, sou fã de Bolsonaro, agora Sérgio Moro, você só resolve o problema da segurança se você investir na base, nas guardas municipais, na polícia militar, padronizar, federalizar os policiais militares, que têm estados que o governador interfere no trabalho da polícia militar, isso não pode existir. Tem que se mudar essa situação”, pontuou ele no final do debate.

Sobre a audiência de custódia, Meira também fez crítica, argumentando ser uma ferramenta para “passar a mãozinha em bandido”.

Após ter sua candidatura ao governo do estado retirado pelo PRP, Coronel Meira disputou ao cargo de Deputado Federal em Pernambuco no ano passado. Não eleito, ganhou fama por contribuir com um dos poucos palanques do presidente Jair Bolsonaro em Pernambuco.

Por essa ligação com o atual Governo Federal, foi cogitado que Meira assumiria a presidência da Codevasf, negado por ele em seguida, mas que declarou que “juntamente com várias lideranças da direita, estão articulando a criação de um Seminário da Direita do Nordeste, para um dos primeiros meses de 2019” com o objetivo de “discutir a participação efetiva dos verdadeiros líderes da direita no Nordeste, que se empenharam principalmente na campanha de Jair Bolsonaro, para contribuir com a melhoria do nosso país”, diz parte da nota enviada ao Portal.